quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

CONCEITO

Quanto mais eu sou capaz de cuidar de meus filhos, recebo a bênção de abundância e de boa saúde, mais fácil se torna para os outros fazer o mesmo.

So posso dar o que tenho, nada a mais ou menos.

Respeite seus mais velhos, mais novos , iniciados e não inicados.

O bom filho será bom Pai, respeite e zele sempre por Ifá, Ori ,Esú... assim ira descobrir a felicidade.

Nenhuma mudança interna ocorre quando estamos  presos a questões de ciúme, inveja e ganância.

Quer mudar O mundo?

Mude seu interior,depois mude tudo que esta ao seu redor, depois mude sua comunidade, depois mude seu estado, depois mude seu país e por fim.... O mundo.

Se eu perder meu tempo querendo o que você tem, vou usurpar a experiência de aprender com o que eu preciso.

Babalorisa verdadeiro escuta e acata o que orisa determina

Antes perder um filho e ganhar um amigo que se perder os dois e ganhar um inimigo.

Ifá não tem credo e nem mandamentos.

Sua maior riqueza e seu ORÍ.

Ficar de cabeça abaixada diante de igba ou orisa e sinal de compreensão .



Mandamentos de Ifá No Odu Ìká-Òfún


Ení da ilè á bá ilè lo
A d'ífá fún àgbààgbà mérìndínlógún
Wón nrelé Ifè wón nlo rèé toró ógbó
Àwon lè gbó àwon lè to bi Olódùmarè tí rán won ni wón dá Ifá sí
Wón ní wón a gbó, won a tó sùgbón kí wón pa ìkìlò mó
Ifá ní:

1) wón ní kí wón ma fi èsúrú pe èsúrú

2) wón ní kí wón ma fi èsúrú pe èsúrú

3) wón ní kí wón ma fi odíde pe òòdè

4) wón ní kí wón ma fi ewé Ìrókò pe ewé Oriro

5) wón ní kí wón ma fi àimòwè bá won dé odò

6) wón ní kí wón ma fi àìlókó bá won ké háin-háin

7) wón ní kí wón ma gba onà èbùrú wo'lé Àkàlà

8) wón ní kí wón ma fi ìkóóde nu ìdí

9) wón ní kí wón ma su sí epo

10) wón ní kí wón ma tò sí àfò

11) wón ní kí wón ma gba òpá l'ówó afójú

12) wón ní kí wón ma gba òpá l'ówó ògbó

13) wón ní kí wón ma gba obìnrin ògbóni

14) wón ní kí wón ma gba obìnrin òré

15) wón ní kí wón ma s'òrò ìmùlè l'éhìn

16) wón ní kí wón ma sàn-án ìbàntè awo
Wón dé'lé ayé tán ohun tí wón ní kí wón má se wón nse
Wón wá bèrè síí kú
Wón fí igbe ta, wón ní Òrúnmìlà npa wón
Òrúnmìlà ní òun kó l'óún npa wón
Òrúnmìlà ní àìpa ìkìlò mó o won ló npa wón
Àgbà re d'owó re.

Tradução:

Muitos andam pela vida sem rumo
e acabam indo buscar os conselhos de Ifá. Este era o
caso dos ancestrais que buscaram cobrar de Ifá
a promessa feita por Olódùmarè (Deus), que
dava a eles uma vida longa.
Assim Ifá advertiu:

1 -Não digam o que não sabem
    (èsúrú pode ser tanto uma conta sagrada como um nome de uma pessoa);

2 - Não façam ritos que não saibam fazer
    (novamente avisa não troquem a conta sagrada pelo nome);

3 -Não enganem as pessoas (trocando a pena de papagaio por morcego);

4 -Não conduzam as pessoas a uma vida falsa
    (mostrando a folha de ìrókò e dizendo que é folha de oriro);

5 - Não queiram ser uma coisa que vocês não são
    (não queiram nadar se vocês não conhecem o rio);

6 - Não sejam orgulhosos e egocêntricos;

7 - Não busquem o conselho de Ifá com más intenções ou falsidade
    (Àkàlà é um título usado para Òrúnmìlà);

8 - Não rompam (não mudem) ou revelem
    os ritos sagrados, fazendo mal uso deles;

8 - Não sujem os objetos sagrados com as impurezas dos Homens;
    busquem nos ritos sagrados somente coisas boas;

10- Os templos devem ser lugares puros,
    onde a sujeira do caráter humano deve ser lavada;

11- Não desrespeitem ou inferiorizem
    os que têm maior dificuldade de assimilar conhecimentos ou
    deficiências no caráter, ajude-os a mudar;

12- Não desrespeitem os mais velhos, a sabedoria está com eles, a vida os fez aprender;

13- Não desrespeitem as linhas de condutas morais;

14-Nunca traiam a confiança de seu semelhante;

15- Nunca revelem segredos que lhe são confiados;
    falar pouco e somente o necessário demonstra sabedoria;

16- Respeitem os que possuem cargos de responsabilidade maior;
    o Babaláwo é um Pai, portanto, é devido grande respeito aos Pais.
    Mas os ancestrais não cumprem as determinações de Deus,
    trazidas e mostradas por Òrúnmìlà. Deus usa os Òrìsà
    para advertir o Homem, mas não obtém sucesso. O Homem
    não ouve os conselhos. Mesmo assim, em erro,
    o Homem ainda acusa a Òrúnmìla. Mais uma vez não reconhecendo
    seus próprios erros.
  
    O Homem tem esse hábito, o de culpar os
    outros pelas suas maneiras erradas.
    Diante de tais atitudes,
    Deus fica desobrigado de cumprir Sua palavra com o Homem,
    permitindo então que o Homem morra idoso
    e venha a renascer jovem, para que uma nova caminhada
    de aprendizados se inicie, em outra vida, em outro lugar,
    e quem sabe assim, nessa nova etapa, o
    Homem aprenda os mandamentos de Ifá pondo fim a esse ciclo sofrido.
    Assim se repetirão esses ciclos, até que o Homem
    aprenda a mudar, tornando-se um
    Egúngún Àgbà (Ancestral Ilustre) que recebe
    funções mais importantes no Òrun (no Além)!

Texto compartilhado Africanas Raizes.

 

ÀLÁMÒ RÉRÉ DIGNIDADE E HONRA – ATRIBUTOS REAIS

Em virtude de vários relatos a respeito de duvidas e certezas de que alguém intitulado Sacerdote, fez algo que não devia ou fez de forma errada ou com maldade, o Òmò Odu Iká-Ofun, nos revela alguns aspectos sobre negligencia, má fe e intromissão no culto religioso, seja ele de Òrúnmìlá ou Òrìsá. Temos que ter a certeza de que o sacerdote também tem responsabilidades muito mais altas que neófitos e iniciados, somos um elo e a junção destes elos formará uma linda corrente.
Estes são alguns aspectos dos mandamentos de Ifá, que na verdade totalizam 16, por ser muito extenso, ficamos apenas com esses.
Itan do Odu Ikafun:
II II
I   I
II II
I  II
Quando os Maiores (os Irunmole) chegaram a Terra, fizeram todos os tipos de coisas erradas que foram avisados que não fizessem.
Então, começaram a morrer um atrás do outro e, desesperados, puseram-se a gritar e a acusar Orunmilá de está-los assassinando.
Orunmilá então defendeu-se dizendo que não era ele que os estava matando.
Orunmilá disse que os maiores estavam morrendo porque não cumpriam os mandamentos de Ifá.
Então IFÁ disse: A habilidade de comportar-se com honra é obedecer aos mandamentos de Ifá, o que é de sua inteira responsabilidade.

Orisá Olooke

Orisá Olooke é muito pouco conhecido no Brasil, seu culto chegou ao Brasil por volta do ano de 1856 quando da fundação do “Terreiro do Olorokè” em Salvador pelos africanos Babá Irufá cujo nome brasileiro era Jose´Firmino dos Santos e Adebalu cujo nome lendário era Maria Bernarda da Paixão, conhecida pela alcunha de Maria Violão, isto por ser uma negra de um corpo de bonitas formas. Maria Violão já veio da África iniciada para o orixá Olooke, da cidade de Ekiti Efon.

Até 1936, quando ela teve seu desencarne, o Asé Oloroke de Salvador festejou Olooke com todo o ritual da Eketi Efon e de toda a região Ijexá sendo que o ritual feito atualmente no Asé Oloroke de Baurú é idêntico ao que era realizado no Terreiro de Salvador, matriz de todos os Efons do Brasil, até 1936.

 O Babalorixá Paulo do Efon, responsável pelo terreiro do Oloroke de Baurú, é uma das maiores autoridades do culto de Olooke no Brasil, tendo o título de “Baba Elejoka” (a voz de Olooke) título este que lhe foi conferido pla maior autoridade do culto de Olooke. O Igbá de Olooke também veio da mesma cidade e é venerado por todos os filhos deste Asé.

Entre os Orisás e os Ebora existe um chamado Orisá-Oke. Entre todos os Oke existe um mestre muito importante de nome Olooke, o dono senhor das montanhas. Olooke foi a primeira ligação entre òde-orun e òde-aiye, sendo que ele foi a primeira terra firme, uma montanha que elevou-se do mar a pedido de Olodumarè, segundo o itan do odú Ofun-Mejí. Inseparável de Obatalá instituído para ser o Guardião de todos Orisás na terra.

Olooke é um Orisá/Imolê de costumes próprios e independente de qualquer outro Orisá, não sendo Osalá, nem Sangô e nem tão pouco Iroko, como afirmam alguns. Sua árvore de culto principal é o “Ataparaja”, árvore que nasce na região de Ekití no alto das montanhas, assim como o Baobá.

 As oferendas de Olooke consistem em qualquer tipo de animal, gosta de carneiros, pato, galos, conken e certa espécie de peixe feito de uma maneira especial que não pode faltar em suas obrigações e o porco que é o caminho da riqueza quando sacrificado a Olooke. A Olooke se serve tudo crú e suas carnes (sobras) é dado um destino diferente de todos os outros Orisás. Olooke come também as folhas de Atapajara sempre acompanhadas de muitos Igbís. Esse Orisá tem que comer a cada seis meses, e se isso não for observado a pena poderá ser até a morte de uma das pessoas do Egbé.

 “Apenon”, cargo da casa de Olooke é quem sai à sua frente empunhando um grande atorí ou isan com o qual ele abre o caminho para que o Orisá passe e só ande com o chão coberto de panos brancos e folhas, ninguém deve tocar em Olooke, apenas os homens responsáveis do Egbé. As mulheres ficam sempre agachadas e não podem olhar jamais o rosto de Olooke, elas são consideradas as escravas de Olooke e uma mulher nunca poderá iniciar um Olooke, mas eles podem ser iniciadas para Olooke.


Interessante falar sobre o tambor que se toca para Olooke que é o tambor d’água acompanhado do tambor de vento e muito agogô, aliás existem cântigos dele que só se toca com agogô.
Olooke é o rei de todo Ekiti que quer dizer “montanhas esplendorosas” e estando Efon dentro do Ekití esta leva o nome de Ekití Efon e Olooke é o rei desta cidade africana e desta nação no Brasil.

Além de um rei, Efon também tem uma rainha, pois foi na cidade de Ekiti Efon que nasceu Osun e assim Osun é a a grande Rainha do Efon-Ijexá. Olloke é o guardião de muitos povos no Ekití e lá estão localizadas as maiores rochas onde se praticam seu culto.

As mais notáveis destas rochas e montes ficam nas cidades de Ekiti-Efon, Ikere-Eketi e Okemesi-Ekiti. Nobres entre eles são os montes de EkitíEfon no limite ocidental com o estado de Osun e próximo a Oxogbò, Ikere-Ekiti na parte sul e montes sde AdoÉkiti na parte central. O festival anual de Olooke leva o nome de “Ojokeregede” tanto no Brasil ainda no tempo de Maria Violão, assim como no Tereiro deo Oloroke de Baurú em São Paulo.

Um texto interessante, resolvi compartilhar com meu irmão e amigos.

Bibliografia: Orixás candomblé e Umbanda
Editora: Minuando/ D&D-Propaganda e Desing
Editorial: Pai Nene D’Osomarè






domingo, 27 de abril de 2014

Sangô, Rei de Oió

Obá é palavra da língua iorubá que designa rei. Obá é também um dos epítetos do orixá Xangô (não confundir Obá, rei, soberano [oba], com o orixá Obá [Òbà], que é uma das esposas de Xangô). Segundo a mitologia, Xangô teria sido o quarto rei da cidade de Oió, o mais poderoso dos impérios iorubás. Depois de sua morte, Xangô foi divinizado, como era comum acontecer com os grandes reis e herois daquele tempo e lugar, e seu culto passou a ser o mais importante de sua cidade, a ponto de o rei de Oió, a partir daí, ser o seu primeiro sacerdote.

Não existem registros históricos da vida de Xangô na Terra, pois os povos africanos tradicionais não conheciam a escrita, mas o conhecimento do passado pode ser buscado nos mitos, transmitidos oralmente de geração a geração. Assim, a mitologia nos conta a história de Xangô, que começa com o surgimento dos povos iorubás e sua primeira capital, Ilê-Ifé, fala da fundação de Oió e narra os momentos cruciais da vida de Xangô.

 

Reginaldo Prandi 

Armando Vallado

 

domingo, 6 de abril de 2014