terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Vida Cigana

A família é a base da organização social dos ciganos, não havendo hierarquia rígida no interior dos grupos.

O comando normalmente é exercido pelo homem mais capaz, uma vez que os ciganos respeitam acima de tudo a inteligência.

Este homem é o Kaku e representa a tribo na Krisromani, uma espécie de tribunal cigano formado pelos membros mais respeitados de cada comunidade, com a função de punir quem transgride, a rígida ética cigana. A figura feminina tem sua importância e é comum haver lideranças femininas como as phury-day (matriarca) e as bibi (tias-conselheiras), lembrando que nenhum cigano deixa de consultar as avós, mães e tias para resolver problemas importantes por meio da leitura da sorte.

Esse povo canta e dança tanto na alegria como na tristeza pois para o cigano a vida é uma festa e a natureza que o rodeia a mais bela e generosa anfitriã. Onde quer que estejam, os ciganos são logo reconhecidos por suas roupas e ornamentos, e, principalmente por seus hábitos ruidosos.

São um povo cheio de energia e grande dose de passionalidade. São tão peculiares dentro do seu próprio código de ética; honra e justiça; senso, sentido e sentimento de liberdade que contagiam e incomodam qualquer sistema. O líder de cada grupo cigano, chama-se Barô/Gagú e é quem preside a Kris Romanis (Conselho de Sentença ou grande tribunal do povo rom) com suas próprias leis e códigos de ética e justiça, onde são resolvidas todas as contendas e esclarecidas todas as dúvidas entre os ciganos liderados pelos mais velhos. O mestre de cura (ou xamã cigano) é um Kakú (homem ou mulher) que possui dons de grande para-normalidade.

Eles usam ervas, chás e toques curativos. Os ciganos geralmente se reúnem em tribos para festejar os ritos de passagem: o Nascimento, a Morte, o Casamento e os Aniversários; e acreditam na Reencarnação (mas não incorporam nenhum espírito ou entidade). Estão sempre reunidos nos campos, nas praias, nas feiras e nas praças. O misticismo e a religiosidade, fazem parte de todos os hábitos da vida cigana. A maior parte deles acredita em um único deus (Dou-la ou Bel) em eterna luta contra o demônio (Deng). Normalmente, assimilam as religiões do lugar onde se encontram, mas jamais deixam de lado o culto aos antepassados, o temor dos maus-olhados, a crença na reencarnação e na força do destino (baji), contra a qual não adianta lutar.

O mais importante para o Povo Cigano é interagir com a Mãe Natureza respeitando seus ciclos naturais e sua força geradora e provedora. 


Texto: Mundo cigano

Os filhos do vento

"Ver é transpor as barreiras da carne".
Hatiss, o cigano.

Os ciganos têm um milênio de história, porém, há registros de que este povo exista há mais de quatro mil anos. Heródoto, historiador grego (484-420 a.C.), falava dos ciganos e os colocava como habitando as margens do rio Danúbio.

"Eles se movem como o sol e a lua. São nômades. Ou, antes, são como as ondas, estão em toda a parte. Chegam e partem rápido. Parecem o vento. Num momento estão aqui, no outro, sumiram. Numa lufada, deixam traços indeléveis de sua passagem no eco de sua música, no relinchar de seus cavalos, no sorriso alegre de suas mulheres. Não, não são o vento, são os filhos do vento!"

O texto acima faz parte de um poema escrito na Pérsia, 200 a 400 anos antes de Cristo. Um povo é chamado de "filhos do vento" e a ele se refere o autor anônimo como "o povo que veio do rio", numa alusão ao rio Sind, no norte da Índia, na região de Gujarat.

O certo, porém, é que a pátria do cigano é a sua língua, o romani, e seu continente a extensão da memória dos ancestrais. A história dos ciganos é repassada pela oralidade. A arte de contar história e fabular é valorizada e, muitas vezes, a narrativa assume uma versão fictícia. A origem dos ciganos, provávelmente a Índia, não é um elemento de preocupação para "los gitanos", para eles o ir e o vir é a possibilidade do encontro e não importa de onde e para onde.

Tradicionalmente, os ciganos levam vida nômade, deslocando-se em grupos de tamanhos diversos, compostos por um conjunto de núcleos familiares mais ou menos extensos, sob a liderança de um chefe vitalício escolhido.

A maioria dos ciganos, até poucas décadas atrás, ainda formava caravanas puxadas por cavalos; abrigavam-se em tendas, pedreiras e minas. Em fogueiras ao ar livre, cozinhavam seus frangos, ovos e vegetais. Viviam principalmente da criação e comércio de cavalos, do artesanato em metal, vime e madeira, e das artes divinatórias, como cartomancia e quiromancia. A música dos ciganos, executada em público apenas pelos homens, permanece muito popular e é uma atividade rendosa na Europa Central. As adivinhações têm terminologia própria e algumas vezes utilizam as cartas como acessórios. Através dos ciganos, o baralho (Tarot) foi difundido na Europa, chegando depois ao Brasil.

Na família, o membro central é a mãe, que exerce autoridade sobre os filhos e é dona do patrimônio. O mesmo sistema se aplica à tribo que tem uma mãe tribal, a "puri dai", guardiã do código moral. Os infratores são julgados por um júri de "condes". E, nos casos mais graves, a pena é o banimento da tribo. No entanto, alguns estudos dão nuances diferentes da organização social dos ciganos, possivelmente em razão da diversidade dos grupos estudados.

Os ciganos Calons nômades que migraram para o Brasil entre os séculos XVI e XVII, vieram principalmente da Península Ibérica - região compreendida entre a Espanha, Portugal e França. Por serem provenientes de regiões mais quentes da Europa, possuem características diferenciadas dos demais sub-grupos (Kalderasch, Matchuaia, Hoharane, etc), possuindo danças mais calorosas, dialeto diferenciado, roupas vaporosas, comida picante e atividades comerciais diversas. Além disso, diferenciam-se ainda no aspecto físico, possuindo tez com tonalidade mais morena e alguns traços indianos, daí o nome do grupo, Calon = moreno.

Segundo um texto extraído do livro "Lilá Romaí", de Míriam Stanescon, o simbolismo da roda na vida do cigano, representa o eterno movimento, a deusa da sorte. Por isso, os ciganos agarram todas as oportunidades que a vida oferece. O cigano preserva muito a sorte e acreditam que só chega ao topo da roda da sorte, aquele que persevera, e acima de tudo, o que agradece e cuida da sorte que Deus lhe deu. Para os ciganos, a roda possibilita a locomoção que realiza e propicia o sonho das viagens.

Uma linda mensagem da cigana Sarita, recebida por Kamai, retrata a alma, a vida e o sentimento de liberdade dos filhos do vento: "Durante toda a caminhada, mantivemo-nos vigilantes de nossos filhos. Dentre ao que nos é permitido, zelamos, defendemos, acolhemos, aconselhamos, ralhamos, acarinhamos e ensinamos. Alguns acompanharam nossas caravanas por prados, florestas, montanhas, lamaçais, durante a ventania, o sol escaldante dos desertos, a chuva e o bom tempo. Outros se cansaram, sentaram na beira do caminho até o último de nós passar, e retornaram à áspera caminhada a nos seguir".

E segue a mensagem: "A estrada da vida é árdua, as pedras do caminho machucam os pés e o turbilhão de emoções maculam o coração e, às vezes, deixam cicatrizes profundas na alma. Mas, por favor, filhos, não percam a fé, nem desistam da caminhada. Quem compartilha de nossa energia é forte como as rochas, ardente como o fogo, suave como a brisa e transparente como a água. Sejam livres como os pássaros que voam, mesmo que em seus pensamentos! Tenham a beleza e a sutileza da flor que desabrocha e perfuma. Não desistam do caminho a ser trilhado, para que nunca se afastem da nossa caravana. O tempo não existe e amanhã os pandeiros chocalharão, fitas coloridas se agitarão e, então, veremos a dança da vida e se fará festa. E nós, aqui, estaremos de braços abertos para recebê-los em espirais de amor! Que Deus olhe por todos nós!"

Conforme registra Luna (lunacigana.blogspot.com), "o horror do holocausto jamais será esquecido pelo povo cigano, quando mais de um milhão de ciganos, descendentes e pessoas relacionadas diretamente a eles, foram exterminados nos campos de concentração durante a segunda guerra mundial. Determinados a promover uma limpeza étnica, os nazistas decidiram que os ciganos deveriam ser eliminados para que não se misturassem com a raça pura alemã. Muitos ciganos foram assassinados nas florestas, tentando fugir ou se esconder. O sadismo da perseguição étnica recomendava matar os adultos diante das crianças para que elas pudessem entender que suas vidas eram "inúteis" e "nocivas" ao resto".

Contudo, apesar de históricas perseguições, a alma cigana, ao superar preconceitos, permanece como um exemplar hino de liberdade a desafiar coloridos horizontes de vida...

Alma cigana, liberta-te
dos grilhões das conveniências
e alça vôo pelo espaço afora...
Vai onde te leva teu sonho de liberdade...
Vai... segue o vento...
Sobe no mais alto dos cumes
e ali te deixa ficar,
mas apenas por um momento.

O suficiente para absorver
a sensação de plenitude e de paz...
Depois, continua a tua jornada,
livre
pelos mares,
pelos ares,
pelo mundo...
Pára um momento
e ouve a música
suave, mas vibrante,
emanada de mil violinos...

Deixa-te envolver pelos acordes
e dança...
leve...
solta...
Deixa-te arrebatar num frenesi,
como se as notas fossem o próprio amor
tomando conta de ti.
Entrega-te
sem medo...
sem reserva...
sem culpa...
até a exaustão completa.

E na calada da noite,
serena e feliz,
chega-te sorrateira
e te deita
ao lado de teu amado
e adormece o sono dos inocentes.
E quando os raios de sol
vierem te aquecer,
desperta e segue:
livre!
Plena!
Absoluta!

"Alma cigana", autoria desconhecida.
Em homenagem ao 24 de maio, Dia Nacional do Povo Cigano.


Texto: Flavio Bastos

Tradição Cigana

Eles se movem como o Sol e a Lua. São nômades. Ou antes, são como ondas. Estão em toda a parte. Chegam e partem rápido. Parecem o vento. Num momento estão aqui. No outro, sumiram. Numa lufada, deixam traços indeléveis de sua passagem no eco de sua música, no relinchar de seus cavalos, no sorriso alegre de suas mulheres.

Não, não são o vento. São os filhos do vento.¨ ( Poema Persa – 200 a.c.) O mistério envolve o Povo Cigano como o ar que ele respira. Da Lua Cheia, retira a Magia; da Dança e da música, toda alegria; da Natureza, a força e a energia. Esse mistério muitas vezes torna o Povo Cigano esteriotipado e nosso conhecimento à respeito dele, muito superficial. Aprofundar-se nas leis que regem a Tradição Cigana, é conhecer valores que seriam motivo de orgulho para qualquer um de nós. São eles:

• Respeito à família, tendo-a como instituição suprema da sociedade
• Amor aos filhos, consideração e respeito aos mais velhos • Hospitalidade com Alegria
• Honrar a palavra dada
• Liberdade como condição natural da vida
• Obediência à hierarquia

Sob esses valores é que o Povo Cigano se mantém vivo até hoje, atravessando séculos e séculos de exílio e preconceito.Fugiram da Índia, com a invasão do Povo Árabe, atravessando a Pérsia, espalhando-se pela Europa, sofrendo todo tipo de perseguição. Resistiram. Foram massacrados pelo

Nazismo e talvez milhares de vidas se perderam no Holocausto. Mas sobreviveram até hoje.Sua vida nômade, se examinada de perto, nada tem de glamoroso. No entanto, quando se pensa nos ciganos, o que nos vêm a mente é o seu Brilho. Independente de fatores externos, esse povo jamais se curvou a nada.

Em sua essência mantiveram-se fiéis às leis que regem sua tradição: RESPEITO, AMOR, ALEGRIA, HONRA, LIBERDADE E SOLIDARIEDADE. Se começarmos a praticar verdadeiramente esses conceitos, incorporando-os em nosso dia à dia, brilharíamos tanto quanto esse admirável povo.


Texto: Mundo Cigano

Ajala

IJALA é responsável pela modelação da cabeça humana, e acredita-se que o ORI e o ODU - signo regente de seu destino que escolhemos, determina nossa fortuna ou atribulações na vida, como foi dito. IJALA, embora notável em sua habilidade, não é muito responsável e, por isso, muitas vezes modela cabeças defeituosas: pode esquecer de colocar alguns acabamentos ou detalhes desnecessários, como pode, ao levá-las ao forno para queimar, deixá-las por um tempo demasiado ou insuficiente.
Tais cabeças tornam-se assim, potencialmente fracas, incapazes de empreender a longa jornada para a terra, sem prejuízos. Se, desafortunadamente, um homem escolhe uma dessas cabeças mal modeladas, estará destinando a fracassar na vida.
Durante sua jornada para a terra, a cabeça que permaneceu por tempo insuficiente ou demasiado no forno, poderá não resistir à ação de uma chuva forte e chegará mais danificada ainda. Todo o esforço empreendido para obter sucesso na vida terrena terá grande parte de seus efeitos desviada para reparar tais estragos.
Pelo contrário, se um homem tem a sorte de escolher uma das cabeças realmente boas, tornar-se próspero e bem sucedido na terra, uma vez que sua cabeça chega intacta e seus esforços redundam em construção real de tudo aquilo que se proponha a realizar.
O trabalho árduo trará, ao homem afortunado em sua escolha, excelentes resultados, já que nada é necessário dispender para reparar a própria cabeça. Assim, para usufruir o sucesso potencial que a escolha de um bom ORI acarreta, o homem deve trabalhar arduamente. Aqueles, entretanto que escolheram um mau ORI têm poucas esperanças de progresso, ainda que passem o tempo todo se esforçando.
Sendo estes os pressupostos, retomamos as perguntas: Como saber se a escolha do próprio ORI foi boa ou má? Pode um homem conhecer as potencialidades da própria cabeça ou da cabeça de outrem?
O Jogo divinatório de IFA possibilita que a pessoa tome conhecimento dos desígnios do próprio ORI, saiba a respeito do ORISA ou IRUNMALE que deve ser cultuado e conheça seus EWO - proibições quanto ao consumo de alimentos, uso de cores e condutas morais.
Muitas referências são feitas às relações entre ORI e o destino pessoal. O destino descrito como IPIN ORI - a sina do ORI - pode ser dividido em três partes: AKUNLEYAN, AKUNLEGBA E AYANMO.
AKUNLEYAN é o pedido que você fez no domínio de IJALA - o que você gostaria especificamente durante seu período de vida na terra: o número de anos que você desejaria passar na terra, os tipos de sucesso que você espera obter, os tipos de parentes que você deseja.
AKUNLEGBA são aquelas coisas dadas a um indivíduo para ajudá-lo a realizar esses desejos. Por exemplo: uma criança que deseja morrer na infância pode nascer durante uma epidemia para garantir a morte dele ou dela.

AJALÁ - Ajalá modela a cabeça do homem

Odudua criou o mundo, Obatalá criou o ser humano. Obatalá fez o homem de lama, com corpo, peito, barriga, pernas, pés.
Modelou as costas e os ombros, os braços e as mãos. Deu-lhe ossos, pele e musculatura. Fez os machos com pênis e as fêmeas com vagina, para que um penetrasse o outro e assim pudessem se juntar e se reproduzir.
Pôs na criatura coração, fígado e tudo o mais que está dentro dela, inclusive o sangue. Olodumare pôs no homem a respiração e ele viveu. Mas Obatalá se esqueceu de fazer a cabeça e Olodumare ordenou a Ajalá que completasse a obra criadora de Obatalá.
Assim, é Ajalá que faz as cabeças de dos homens e mulheres. Quando alguém esta para nascer, vai à casa do oleiro Ajalá, o modelador de cabeças.
Ajalá faz as cabeças de barro e as cozinha no forno. Se Ajalá está bem, faz cabeças boas. Se está bêbado, faz as cabeças mal cozidas, passadas do ponto, malformadas. Cada um escolhe sua cabeça para nascer.
Cada um escolhe o ori que vai ter na terra. La escolhe uma cabeça para si. Cada um escolhe seu ori. Deve ser esperto, para escolher cabeça boa. Cabeça ruim é destinho ruim, cabeça boa é riqueza, vitória, prosperidade, tudo que é bom.


Texto: Mitologia dos Orisas
Autor: Reginaldo Prandi
Pagina: 470

ANJOS E ANJOS

Arcanjo Gabriel

 


Seu nome significa: “Homem de Deus”. É o Arcanjo da Esperança, da Anunciação, da Revelação, sendo comumente associado a uma trombeta – é a Voz de Deus, o transmissor das boas novas.
Este Arcanjo é citado várias vezes na Bíblia Sagrada. Foi ele que anunciou ao profeta Daniel a vinda do Redentor. Disse assim o profeta: “Apareceu Gabriel da parte de Deus e me falou: dentro de setenta semanas de anos (ou seja 490 anos) aparecerá o Santo dos Santos” (Dan 9).
Ao Arcanjo Gabriel foi confiada a missão mais alta que jamais haja sido confiada a alguém: anunciar a encarnação do Filho de Deus. Por isso é muito venerado desde a antigüidade. O termo de apresentação quando apareceu a Zacarias para anunciar-lhe que ia ter por filho João Batista foi este: “Eu sou Gabriel, o que está na presença de Deus” (Luc. 1, 19).
São Lucas disse: “Foi enviado por Deus o anjo Gabriel a uma cidade da Galiléia, a uma virgem chamada Maria, e chegando junto a ela, disse-lhe: “Salve Maria, cheia de graça, o Senhor está contigo”. Ela ficou confusa, mas disse-lhe o anjo: “Não tenhas medo, Maria, porque estais na graça do Senhor. Conceberás um filho a quem porás o nome de Jesus. Ele será filho do Altíssimo e seu Reino não terá fim”.
Segundo a tradição, Gabriel e seus anjos são os mensageiros das boas notícias, nos ajudam a dar bom rumo e direção à nossa vida, nos dão compreensão e sabedoria. É a ele que recorremos quando necessitamos desses dons.



São Miguel Arcanjo

 

São Miguel Arcanjo, cujo nome significa “o que é um com Deus”, é considerado o chefe dos exércitos celestiais e o padroeiro da Igreja Católica Universal. É o anjo do arrependimento e da justiça. Seu nome é citado três vezes na Bíblia Sagrada:
- Primeiro no capítulo 12 do livro de Daniel, onde lemos: “Ao final dos tempos aparecerá Miguel, o grande Príncipe que defende os filhos do povo de Deus. E então os mortos ressuscitarão. Os que fizeram o bem, para a Vida Eterna, e os que fizeram o mal, para o horror eterno”.
- No capítulo 12 do Livro do Apocalipse encontramos o seguinte: “Houve uma grande batalha no céu. Miguel e seus anjos lutaram contra Satanás e suas legiões, que foram derrotadas, e não houve lugar para eles no céu. Foi precipitada a antiga serpente, o diabo, o sedutor do mundo. Ai da terra e do mar, porque o demônio desceu a vós com grande ira, sabendo que lhe resta pouco tempo”.
- Na carta de São Judas, lê-se: “O Arcanjo Miguel, quando enfrentou o diabo, disse: “Que o Senhor o condene”. Por isso São Miguel é mostrado atacando o dragão infernal.
A Igreja Católica tem uma grande devoção por São Miguel Arcanjo, especialmente para pedir-lhe que nos livre das ciladas do demônio e dos espíritos maléficos. E quando o invocamos, ele nos defende, com o grande poder que Deus lhe concedeu, e nos protege contra os perigos, as forças do mal e os inimigos.



Arcanjo Rafael

 

Seu nome significa “Deus te cura”. Este Arcanjo tem como sua principal característica ajudar na cura dos doentes e, por isso, é o guardião da saúde. Ele age principalmente nas instituições sociais, nos hospitais e até mesmo em casas que estejam precisando de sua ajuda.
Além de influenciar na saúde física dos seres humanos, este arcanjo também age sobre a saúde do espírito, ou seja, está sempre procurando confortar as pessoas nas horas de desespero e acalmar os sofrimentos interiores. Além disso, também é o responsável e guardião dos talentos criativos.
Na Bíblia Sagrada, o Arcanjo Rafael é citado no Livro de Tobias, que faz parte do Antigo Testamento. Foi o Arcanjo enviado por Deus para curar a cegueira de Tobias e acompanhá-lo numa longa e perigosa viagem para conseguir uma esposa. Rafael, junto a Miguel e Gabriel simbolizam a fidelidade, o poder e a glória dos anjos.