segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Tranca Rua de Embaré


Ele se chama Tranca Rua
Nasceu em Mato Grosso
Se criou em Nazaré
Ele é filho de xavante
Protetor dos navegantes
È Tranca Rua de Embaré

O luar, o luar 
Ele é filho da lua
O luar, o luar
Ele é filho da lua

Quando estiver num aperto
Qualquer toco preto
È Tranca Rua
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Maria Mulambo


Maria,Maria Mulambo
A deusa encantada
O seu gongá esta em segurança
Ela traz sua gira marcada
Caminhou sobre um tapete de flores
E nem seguer desabrochou
Deixou seu filho chorando e foi viver no mundo da perdição (bis)
Más ela é rainha, ela é mulher,ela é rainha,ela é mulher
Pedacinhos de mulambo para quem tem fé
O Maria
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terça-feira, 25 de outubro de 2011

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

CONHEÇA OS 16 ODÚS

Faça as contas com a data real do seu nascimento e veja abaixo qual é o seu Odú
regente.
Faça as contas, exemplo: se você nasceu em 25/04/68
some= 2+5+4+1+9+6+8=35=8 então seu odú é 08 = 3+5=8 então seu Odú é 08

1. OKANRAN: Odú regido por Esu. Você parece ser agressivo, mas na verdade
está apenas lutando para preservar a independência da qual muito se orgulha.
Você não poupa esforços para atingir seus objetivos, mas deve tomar cuidado
para não arrumar inimigos à toa.

2. EJI-OKÔ: Odu regido por Ibeji e Obá. Você se mostra calmo no comportamento
e seguro nas decisões, mas na sua mente sempre existem dúvidas. Não tenha
medo de externar estas incertezas. Como muitas pessoas o amam, você acabará
recebendo bons conselhos.

3. ETÁ OGUNDÁ: Odu regido por Ogum. A obstinação que se traduz em agitação
e inconformismo, é uma das suas principais características. Mas, se usar suas
qualidades, como a coragem, criatividade e a perseverança, conseguirá o que
mais anseia: o poder e o sucesso.

4. IROSUN: Odu regido por Iemanjá e pelos eguns. Sempre sereno e disposto a
ver tudo com muita clareza e objetividade, você sabe resolver situações confusas
ou tumultuadas. Tem plena consciência da sua força moral e não hesita em usá-la
para atingir todas as suas metas.

5. OXÉ: Odu regido por Osum. Sensível e sempre atento, você é uma pessoa
sempre disposta a proporcionar alegria aos outros. Mas há momentos nos quais
você precisa de isolamento para poder refletir, pois preza muito sua liberdade e,
sobretudo, seu, crescimento.

6. OBARÁ: Odu regido por Sangô e Osossy. Você luta com unhas e dentes pelo
que quer e geralmente consegue muito sucesso material. Mas, no amor precisa
entender que não pode exigir demais dos outros.

7. ODI: Odu regido por Obaluaê. Você realmente está satisfeito com o que consegue.
Mas não fica se lamentando. Prefere ir à luta. Caso aprenda com clareza
seus objetivos, alcançará grandes êxitos.

8. EJI-ONILE: Odu regido por Osaguiã. Sua agilidade mental faz de você uma
pessoa falante e muito ativa. Além disso, você gosta de poder e prestígio e chega
a sentir inveja de quem está em melhor situação. Mas seu senso de justiça o impede
de prejudicar quem quer que seja.

9. OSSÁ: Odu regido por Iemanjá. Você é uma pessoa que gosta de estudar cuidadosamente
todas as coisas e sua larga visão de mundo em busca do conhecimento
interior. Se quiser alcançar o sucesso, precisa tomar cuidado de manter alguma
ordem no seu dia a dia.
                                                        
10. OFUN: Odu regido por Osalufã. Seu jeitão rabugento é apenas um escudo
para que os outros não abusem da sua vontade e da sua sensibilidade. No fundo,
você é uma pessoa serena, que se adapta aos autos e baixos da vida.

11. OWANRIN: Odu regido por Iansã e Esu. A pressa e a coragem são suas características.
Tenso e agitado, você nunca fica muito tempo no mesmo lugar, a
não ser que se sinta obrigado. Pode não obter grande sucesso material, mas a vida
sempre lhe reserva muitas alegrias.

12. ELI-LAXEBORÁ: Odu regido por Sangô. Sua principal virtude é o amor à justiça,
que algumas vezes se transforma em intolerância com os erros alheios. Nessas
ocasiões, você deve se voltar para outras de suas qualidades: a dedicação, que
lhe permite ajudar todas as pessoas.

13. EJI-OLOGBON: Odu regido por Nanã e Obaluaê. Você está quase sempre um
pouco deprimido. Só faz o que quer quando quer o como quer. Mas, como tem
grande capacidade de reflexão, acaba se adaptando e consegue viver bem com os
outros.

14. IKÁ-ORI: Odu regido por Osumaré e Ewá. Paciência e sabedoria são suas
principais características. Versátil, você se dá bem em qualquer atividade. Poderá
passar por provações materiais e sentimentais, mas sempre saberá reencontrar o
caminho para felicidade.

15. OGBÉ-OGUNDÁ: Regido pelo orisá Tempo. Você uma pessoa rebelde e
cheia de vontades, que muitas vezes não resiste a defender seu ponto de vista
mesmo depois que percebe que está errado. Por isso, deve tomar cuidado para
não se deixar dominar pelo nervosismo.

16. ALAFIÁ: Odu regido por Osalá e Orumilá. Suas principais características são
a tranqüilidade e alegria. Amante da paz, você cria um clima de harmonia á sua
volta. Se mantiver o equilíbrio, sem dúvida alcançará o sucesso

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Lenda de Òrúnmìlá


Quando Òrúnmìlá se cansou de viver na terra e da incompreensão dos homens, resolveu ir para o Òrún, mas antes, deu a cada um de seus 8 filhos, 2 caroços de dendezeiro (IKIN), e disse a eles, que quando precisassem, bastava que jogassem os IKIN e teriam as respostas. 

Deixando claro que o mais importante, era que eles se unissem, assim como o grupo deverá se manter unido.

ÒRÍ - força que orienta o que é bom ou ruim para cada pessoa, é individual. O ÒRÍ tem que ser respeitado, se a pessoa não aceitar é porque o seu ÒRÍ não está aceitando. Deve-se verificar o que acontece no jogo.

Cada um recebe seu ÒRÍ de AJALÁ (é um Imole), antes de vir para o AIYE, passa por um "estágio".

O ÒRÍ supera todos os orixás;
O ÒRÍ é um Imole, ligado só para o bem (da pessoa);
O ÒRÍ é a nossa censura;
O ÒRÍ não se trai, não se engana, é a nossa própria consciência (os valores mais puros). Isso vem explicar a índole de pessoas más, mesmo nascidas em famílias boas, independente da formação; pessoas sofridas que tem a capacidade de amar, odiar, etc...

Ajalá e a escolha de ÒRÍ



"KÓ SOOSA TÍÍ DANI GBÉ, LEYIN ENI ÒRÍ"
Nenhum Deus abençoa o homem, sem que sua cabeça o permita.
ESE ODÚ OGUNDA
(Tradução de um ESE de ORÍ)

Num jogo de Ifá, perguntaram a ÒRÚNMÌLÁ:

"- Quem seria capaz de nos levar ao Infinito? (infinito = caminho da vida da pessoa).
SANGO disse que quando chegasse a OYÓ e lhe dessem certas comidas, ele satisfeito voltaria à sua casa, abandonando a pessoa. Perguntaram o mesmo a OYÁ, e ela respondeu, que quando chegasse a  qualquer cidade e lhe dessem certas comidas, ela satisfeita voltaria para casa.
Resumo: enquanto dermos comida ao nosso Orisá, ele nos cobre e depois recolhe.

Perguntaram de novo a IFÁ e ele respondeu que Òsàlà e ele respondeu que quando chegasse à cidade  de Ifé, comesse, aí então ele ficaria satisfeito e voltaria para casa. Se nem Òsàlà é capaz de nos levar ao  Infinito, então, quem é capaz?

Resposta: só Lebara.               
Perguntaram a ÈSÙ: "- Se você caminhar, caminhar e chegar a Queto, e lhe derem 1 galo no dendê ? Ele  respondeu: - Comia e quando estivesse satisfeito voltaria para minha casa. Voltaram e perguntaram de novo a Ifá:
"- Então, ninguém é capaz de nos levar ao Infinito? Quem será? Tal conhecimento, tal sabedoria, quem a tem?

IFÁ respondeu."- Somente o Orixá ÒRÍ é capaz de nos levar ao infinito, até o final de nossa vida." Se uma pessoa morrer, despachamos tudo referente ao Orisá, mas, o que sempre ficou foi o ÒRÍ.

Conclusão: Mesmo se nosso òrìsà está bem, só ficará tudo bem se o nosso Òri estiver também.  Primeiro damos comida a Òri no borí, e depois ao orisá. Não há orisá raspado errado, desde que o òri  aceitou. Acima de nosso Orisá individual, está o nosso Òrì. Damos ao òrì cera (caroço de algodão), obi,  água. Existem apenas 6 bichos para Òrì: pombo, peixe, pato, franga, galinha d’angola e o igbin; apenas um bicho vai ao ori, os outros serão colocados apenas na tigela. O ejé (sangue) de pombo branco, só se for muito importante, necessário, senão estaremos ofendendo Olodumare.

SETE REGRAS PARA VIVER FELIZ


1.             ADQUIRA O HÁBITO DA FELICIDADE. Sorria, intimamente e torne este sentimento parte de você mesmo. Crie um mundo feliz para si. Aguarde cada dia, mesmo quando algumas nuvens obscurecerem o sol, sempre encontra algo de bom.

2.             DECLARE GUERRA A SENTIMENTOS NEGATIVOS. Não permita que aborrecimentos irreais o devorem. Se algum pensamento negativo lhe invadir o espírito, combata-o. Pergunte de si para si, porque você, que tem todo direito natural à felicidade, deve passar horas do dia em luta com o temor, o aborrecimento, o ódio. Ganhe a guerra contra esses flagelos insidiosos do Século XX.

3.             REFORCE A IMAGEM DE SI PRÓPRIO. Veja-se como foi nos seus melhores momentos e dê a si próprio certa atenção. Imagine os tempos felizes e o orgulho que sentiu de si. Crie experiências futuras agradáveis; dê a si mesmo, crédito pelo que é. Deixe de bater na própria cabeça.

4.             APRENDA A RIR. Às vezes, os adultos sorriem ou riem entre os dentes, mas nem todos riem realmente, isto é, risada verdadeira que dê a impressão de alivio e liberdade. O riso, quando genuíno purifica, faz parte do mecanismo do sucesso, lançando-o às vitórias da vida. Se você deixou de rir desde os 10 ou 40 anos, volte à escola do espírito e aprenda novamente o que nunca deveria ter esquecido.

5.             DESENTERRE OS TESOUROS ESCONDIDOS. Não permita que as suas aptidões e os seus recursos morram dentro de si; dê-lhes uma oportunidade para se submeterem às provas da vida.

6.             AJUDE O PRÓXIMO. Dar aos seus semelhantes poderá ser a experiência mais compensadora da sua vida. Não seja cínico; compreenda que muitas pessoas que parecem desagradáveis ou hostis estão usando fachada que acham capaz de protegê-las contra outros. Se der ao próximo, ficará admirado na reação grata, pelo reconhecimento que terão. Pessoas que parecem duras são, na realidade gentis e vulneráveis. Você sentir-se-á satisfeito quando der sem pensar em proveito para si.

7.             PROCURE ATIVIDADES QUE O TORNEM FELIZ. A natação, o tênis, o vôlei ? Pintar, cantar, coser? Não posso dizer-lhe. Você mesmo terá de escolher. Mas a vida é feliz, se fizer o que lhe agrada.

Existe uma tendência no ser humano de reduzir os novos fenômenos com que ele se defronta a idéias e definições preexistentes em sua mente oriundas de fatos anteriormente conhecidos. Esta redução dificulta uma visão e uma interpretação corretas do que se analisa. Assim, os fatos culturais dos negros do Golfo do Benin nos seus cerimoniais e ritos transformam-se, nesta visão deformadora, em religião primitiva.

O Candomblé não é primitivo e muito menos religião, antes de tudo, este conjunto de preceitos, regras, ritos e práticas forma um weltanchau (visão do mundo, concepção global de apreensão da realidade - termo usado em filosofia) e uma técnica que permite o confronto com a natureza e com seus semelhantes, utilizando a energia de sua própria mente (o Òrí).
Os Òrísá (de Òrí: cabeça, mente; Àsé: força, magia) não existem fora da mente humana, não são deuses primitivos de um panteão imaginado pela concepção cultural do branco nem são espíritos de luz comandando "falanges" de almas como os idealizam os descendentes dos povos bantos, associado ao fenômeno da cosmogonia nagô à sua cultura religiosa, que se fundamenta no culto dos ancestrais.

Devemos despir o Candomblé da carga sincrética que for desvirtuante, para fazer emergir o entendimento do que é a mais pura tradição nagô. Os rituais e cerimônias não serão descritas, pois isto já foi feito e muito bem por mestres como Descoredes dos Santos, Fred Aflalo, Roger Bastide, Pierre "Fatumbi" Verger e tantos outros.
O que realmente importa, é comentar cada cerimônia, cada festa, cada fundamento e cada obrigação, buscando sua explicação purificada do misticismo branco ou banto, para fazer aflorar a verdadeira função de "Òrí", único alvo e agente do culto nagô, e a de "Ifá" como orientador e verdadeiro Oluwô.

A intenção deste redimensionamento não é diminuir a importância dos fatos, mas sim, um engrandecimento, na proporção humana, para que se desvende a sua grandeza original. Fazer voltar a luz, saindo das trevas da religiosidade ignorante, na sabedoria milenar que permite desenvolver a capacidade do homem de se situar e de interagir na sua formação, na natureza e no convívio social.
Se recusando a divinizar Òsàlá, satanizar Èsú ou santificar todos os Òrísá, devemos isolar os erros, afastar os temores, expulsar os demônios brancos de nossa ontogonia, abrindo as portas a entendimento, o que permitirá que mais pessoas possam utilizar este importante sistema de controle da própria mente e, em conseqüência, dos fatos naturais e sociais nos quais atua.

Ori

Orunmilá reuniu todos os orisás  em sua casa, e lhe fez a seguinte pergunta:

Quem dentre os orisas pode acompanhar seu devoto numa longa viagem além dos mares e não voltar mais?

Sangó respondeu que ele podia, então lhe foi perguntado, o que ele faria depois de ter andado, andado e andado, até as portas de Cossô, a cidade de seus pais, aonde iriam lhe preparar um amalá e oferecer-lhe uma gamela de farinha de inhame, onde dariam orobôs e um galo, um aquicó, Sangó respondeu:
" Depois de me fartar, retornarei a minha casa "
Então foi dito a Sangó, que ele não conseguiria acompanhar seu devoto, numa viagem sem volta aos mares.
Aos que entrava pela porta e ali ficavam em pé, Ifá fez a pergunta:

" Quem dentre os orisás pode acompanhar seu devoto numa longa viagem além dos mares e não voltar mais? "
Oya respondeu que ela poderia.
Foi lhe perguntado,o que ela faria depois de caminhar uma longa distância,caminhar e caminhar e chegar à cidade de Irá, o lar dos teus pais, aonde lhe ofereceriam uma gorda cabra e lhe dariam um pote de cereal.

Oya respondeu:

" Depois de comer até me satisfazer, voltarei para casa "
Foi dito a Oya que ela não poderia acompanhar seu devoto numa viagem sem volta além dos mares.

A todos os orisás reunidos por Orunmilá, Ifá fez a seguinte pergunta:

" Quem dentre os orisás pode acompanhar seu devoto numa longa viagem além dos mares e não voltar mais? "
Osalá disse que ele poderia.
Foi lhe perguntado então:
O que ele faria depois de caminhar  uma longa distância,caminhar e caminhar e chegar à cidade Ifom, o lar dos seus pais, onde matariam duzentos igbins, servidos com melão e vegetais.

Osalá respondeu:
" Depois de comer até ficar saciado, voltarei para minha casa "
Foi dito a Osalá que ele não poderia acompanhar seu devoto numa viagem além doa mares.

A todos os Orisás reunidos por Orunmilá, Ifá fez a seguinte pergunta:
" Quem dentre os orisás pode acompanhar seu devoto numa longa viagem além dos mares e não voltar mais? "
Esú respondeu que ele podia acompanhar seu devoto.
Então foi lhe perguntado:
" O que farás depois de caminhar uma longa distância, caminhar e caminhar , e chegar à cidade de Queto, o lar dos seus pais, e ali te derem um galo e grande quantidade de azeite-de-dendê e aguardente?
Ele respondeu que:
Que depois de se fartar ele voltaria para casa,foi dito a Esú:
" Não, não poderias acompanhar teu devoto numa longa viagem além dos mares e não voltar ".

A todos os Orisás reunidos por Orunmilá, Ifá fez a seguinte pergunta:
" Quem dentre os orisás pode acompanhar seu devoto numa longa viagem além dos mares e não voltar mais? "
Ogum disse que ele sim poderia.
Foi lhe perguntado:
O que ele faria depois de caminhar uma longa distância, caminhar e caminhar  e chegar à cidade de Irê, o lar de seus pais, onde haviam de lhe oferecer feijões-pretos cozidos e lhe matar um cachorro e um galo.
Ogun respondeu:
" Depois de me satisfazer, voltarei para a minha casa, cantando alto e alegremente pelo caminho "
Foi dito a Ogun que ele não poderia acompanhar seu devoto numa viagem sem volta além dos mares.
A todos os Orisás reunidos por Orunmilá, Ifá fez a seguinte pergunta:

" Quem dentre os orisás pode acompanhar seu devoto numa longa viagem além dos mares e não voltar mais? "
Osun disse que ela podia.
Foi lhe perguntado:
" O que farias depois de caminhar uma longa distância ,caminhar e caminhar, e chegar a cidade à cidade de Ijimu, o lar de seus pai , onde te dariam cinco pratos de feijão- fadinho com camarão, tudo acompanhado de vegetais e cerveja de milho ?"
Respondeu Osun:
" Depois de me saciar, voltaria para minha casa ".
E foi dito a Osun que ela não poderia acompanhar seu devoto numa viagem sem volta alem dos mares.

A todos os Orisás reunidos por Orunmilá, Ifá fez a seguinte pergunta:
" Quem dentre os orisás pode acompanhar seu devoto numa longa viagem além dos mares e não voltar mais? "
A todos os Orisás reunidos por Orunmilá, Ifá fez a seguinte pergunta:
" Quem dentre os orisás pode acompanhar seu devoto numa longa viagem além dos mares e não voltar mais? "
O próprio Orunmilá disse que ele poderia, disse que poderia seu devoto numa viagem sem volta alem dos mares.
Foi lhe perguntado:
" O que farás depois de caminhar uma longa distância, caminhar e caminhar e chegar à cidade de Igueti, o lar dos teus pais, onde vão te oferecer dois ligeiros preás, dois peixes, nadam graciosamente, duas aves fêmeas com grande fígados, duas cabras pesadas de prenhas, duas novilhas com grandes chifres?
E onde vão preparar inhames pilados, mingaus de farinhas brancas e a mais preciosa de todas as cervejas?
E também te oferecer os mais saborosos obis, e as melhores pimentas doce?
" Depois de me fartar ", respondeu Orunmilá " Voltarei para minha casa "
O sacerdote de Ifá ficou pasmo, não conseguia dizer uma só palavra sequer.
Porque ele simplesmente não entendia essa parábola.

Disse ele:

" Orunmilá, eu confesso minha incapacidade. Por favor, ilumina-me com tua sabedoria .
Orunmilá, és o líder, eu sou o teu seguidor.
Qual é a resposta para a pergunta sobre quem dentre os Òrisàs podem acompanhar seu devoto numa viagem sem volta além dos mares?"
Falou Orunmilá:

" A unica resposta é ....Ori.
Somente Ori
Disse Orunmilá:
" Quando morre um sacerdote de Ifá, dizem que seus apetrechos de adivinhação, devem ser deixados numa corrente d'água.
Quando morre um devoto de Sangô, dizem que suas ferramentas devem ser despachadas.
Quando morre um devoto de Osalá, dizem que sua parafernália deve ser enterrada ."
Disse também Orunmilá:
" Mas quando os seres humanos morrem, a cabeça nunca é separada do corpo para o enterro.
Não. Lá esta Ori. Lá vai ele junto com o seu devoto, a qualquer lugar "
Falou ainda Orunmila:
" Pois o Ori é o único que pode acompanhar seu devoto numa viagem alem do mares"