domingo, 22 de abril de 2012

Asé Oloroke Ti Efón

Efon é uma  nação grande e com  grandes orisás. Na África a nação ainda existe, e lá ainda cultua-se muitos orisás que se perderam no caminho  para o Brasil. Devido a influência Keto, a nação de Efon, perdeu um pouco de sua raiz que hoje tento resgatar. De uma forma simples e resumida tentaremos contar a história da casa que é o berço dos Efon no Brasil. O “Asé Yangba Oloroke ti Efon” ou simplesmente como é chamado o Terreiro do Oloroke, situado à Rua Antônio Costa (antiga travessa de Oloke) nº 12, no bairro do Engenho Velho de Brotas – Salvador – Bahia, para que quando alguém  ouvir  falar  de  nosso Asé, saibam  quem somos  e  de  onde  viemos.  Em  primeiro  lugar,  vamos  à  origem  na  África, mais exatamente  em   Ekiti-Efon  ( não confundir  com  Ifon, a terra de Oxalufon ), aqui no Brasil usa-se o termo “Lokiti Efon”, e onde reina absoluta aquela que é a rainha da nação no Brasil, Efon, ou seja, Osun. Pois é bom esclarecer que Osun, nossa matriarca, é nascida em Ekiti-Efon, onde ela era considerada a mãe de Logum Edé, Yemanjá e do Awujale de Ijebu-Ere, no estado de Ekiti (Onadele Epega).Para concluir  podemos  traduzir  o  nome da  divindade  Efon  dos tempos  Lailai como  sendo  Osun,  nome  de  seu  rio  e onde guardava seus tesouros, companheira inseparável de Olorokê que é seu pai, ficando assim esclarecido o porque  da  casa chamar-se terreiro do Oloroke e Oxun ser a dona do  Asé, sendo ele louvado juntamente com Osun nos nossos  principais  ritos. Pois bem, foi desta  localidade, que veio  para  o  Brasil  na  condição de escravos por volta de 1850, o fundador da nação no Brasil, um Tio Africano chamado José Firmino dos Santos, mais conhecido como, Tio Firmo (Osum Tadê), que veio da região de Ijesá que inclui Adô Ekiti, Ifon, Akurê, Ilesa, Ikirê, Ekiti Efon etc. Sua cidade natal  seria Ilesá, na antiga  Ijesá onde foi iniciado  para  Osum, e  foi  na  cidade de Ifon que ele se iniciou em Ifá  e  recebeu  o  nome de Baba  Erufá.

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